Um hábito não é uma necessidade


É difícil segregar as coisas que fazemos no dia a dia como sendo necessárias ou apenas habituais. Algumas nem se dissociam. Como necessárias, entendo aquilo que não podemos viver sem. E habituais fazemos, mas podemos facilmente eliminar da nossa rotina. Só que alguns hábitos acabam por viciar o nosso corpo e a nossa alma, e passamos a achar aquilo tão necessário que prendemos nossa existência a coisas quase que totalmente inúteis.

Não é difícil entender. Pense no que você fez nos últimos dez minutos e tente contar quantas coisas foram realmente necessárias (beber água, agradecer a Deus, abraçar seus pais ou seus filhos, fechar a torneira enquanto escova os dentes depois de 2000 é um hábito necessário) e conte os hábitos, talvez inúteis ou elimináveis (olhar 3 vezes por minuto o celular, acender 4 lâmpadas ao mesmo tempo, ler esse blog perder tempo zapeando na internet, comprar coisas desnecessárias, procurar ~aquela~ pessoa toda hora, gastar sempre muito mais do que ganha, fazer listas infinitas de futuras compras. Perceba que nenhuma das coisas que citei nos hábitos inúteis ou desnecessários são crime, ou pecado, ou grandes erros na vida, mas podem ser excesso e podem estar ocupando o lugar de outras coisas realmente necessárias no seu dia a dia e você ainda não se deu conta. 

Reclamar que o dia, a semana ou ano passou rápido é fácil: difícil é assumir estar perdendo tempo, ou mesmo não ter mais tempo para as reais necessidades da vida, por coisas inúteis. Pare quando acabar o texto agora pra pensar, porque essa reflexão é realmente necessária. E não deixe que o clichê ‘o dia voou’ vire hábito.

Post curtinho para gastar o tempo com  o que realmente importa.

Um beijo,
Duda.

Texto extraído do Blog Rascunhos de Hoje | Eduarda Rafaela

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